Hoje não, amanhã, talvez... Ontem, nunca!

[orkut] Marcondes, Raisa Larissa
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''Escrever é o que me liberta e me faz imaginar
imaginar um mundo onde não tenha que me calar
Esperar por amanhãs melhores e noites mais quentes
Onde a lua não se esconde, onde a dor não se sente''

13 dezembro 2010

Scorcese, Dicaprio e Holocausto

Pois bem. Belo sábado de sol em que eu, adentrando as Lojas Americanas, saí de lá com dois filmes de DiCaprio: Ilha do Medo e A Origem.
Deixei Ilha do Medo pra depois, quando eu tivesse tempo e sossego para prestar mais atenção à um filme que eu já havia visto antes e sabia que requeria uma boa dose de atenção. Desafio lançado, apertei o play.
À primeira vista, sabe-se que é um filme de Scorcese. Para mim, os sinais mais aparentes de que Scorcese manteve seu estilo é a dose certa do uso de música. Num filme de suspense, principalmente um de suspense psicológico como esse, o uso exarcebado de trilha sonora é pertubador e quebra com a atmosfera. Exemplo bom é O Sexto Sentido, que sabe usar bem a música.
Depois, as tomadas longas. Ah, Deus, as tomadas longas! Quem assistiu O Aviador sabe como Scorcese demora às vezes para dizer "corta".
O elenco se mantêm muito bom. Mark Rufallo não consegue deixar DiCaprio ofuscado, mas nem por isso deixa de fazer seu dever de casa. DiCaprio não decepciona e mantém o nível de ator que todos conhecemos. Mas , para uma fã de carteirinha do Leo, fica o gostinho de quero mais. Poxa, Leo, cadê o cara que vimos em O Aviador. Shutter Island decepciona alguns porque é um filme pesado. Para não perder o fio da meada, é necessário que se preste muita atenção do início ao fim. O final é surpreendente, mas deixa dúvidas sobre pequenos vácuos anteriores. Erro do roteiro ou intencional: não sei.
Aspecto técnico que me impressionou: Fotografia. A iluminação, enquadramentos pouco clicherizados e fidelidade à narrativa deixam o filme muito interessante. Ilha do Medo é original.
Explicando o título do post: DiCaprio é um policial federal que foi designado para comparecer à Shutter Island para investigar o desaparecimento de uma paciente supostamente perigosa. Com o desenrolar da trama, ficamos a par da vida passada de Andrews (DiCaprio). Ele foi um militar que serviu na alemanhã durante o período do Holocausto e participou da invasão à um campo de concentração. Aliás, DiCaprio fala alemão por uns minutos no filme. O que foge à minha habilidade de julgamento, já que não falo alemão.
Vale a pena, e muito! Assista e se divirta. Preste atenção para quando terminar o filme você fique dizendo que não gostou porque não entendeu. Scorcese não merece isso. Nem DiCaprio. Nem eu.