Hoje não, amanhã, talvez... Ontem, nunca!

[orkut] Marcondes, Raisa Larissa
[e-mail] raisalarissamq@gmail.com
[facebook] Raisa Marcondes

''Escrever é o que me liberta e me faz imaginar
imaginar um mundo onde não tenha que me calar
Esperar por amanhãs melhores e noites mais quentes
Onde a lua não se esconde, onde a dor não se sente''

04 outubro 2011

Rotina e Mudança [parte 1]

Uma viagem parecia ser algo louco, sem noção. Mesmo assim, foi em frente







Era uma manhã assim de outono. Tinha acabado de sair de casa. Colocou as chaves no bolso e seguiu pela rua abaixo. Pensava em tudo e ao mesmo tempo em nada. Deixava-se levar pela música "Yellow" do Coldplay, tocando nos headphones grandes que tinha comprado no dia anterior. Esperava acordar desse sonho que todos chamavam vida, mas que para achava ser realmente um pesadelo. Nada de divórcio dos pais, nada de drogas em sua vida. Não bebia nem se metia em confusão, mas mesmo assim sentia-se só e completamente sem chão.

Ao chegar ao trabalho, só fez jogar a bolsa/pasta na mesa e ligou o computador. Mais tarde, após horas de trabalho em frente à tela do computador, pediu um lanche do McDonald's. Comeu rápido e voltou a trabalhar. Uma rotina de repetição que lhe permeava a mente e lhe corroía por dentro. A rotina lhe atormentava, lhe fazia querer morrer.

Seguia assim todos os dias de sua vida. Rotina, rotina e rotina. Um dia, então assim sem querer nem planejar, passou em frente a uma loja de passagens aéreas. Como ganhava relativamente bem com o trabalho fatídico e chato, e quase nunca viajava, achava que essa seria uma boa oportunidade de sair do país. Quem sabe uma praia na Grécia ou um campo ou vinhedo na Itália?

Entrou na loja sem pensar duas vezes. Deciciu antes olhar a lista de passagens e promoções. Eram tantas! E todas pareciam muito tentadoras... Como escolher?

Deciciu fechar os olhos e deslizar a ponta do dedo indicador desde a primeira passagem na lista, até a final. Quando achasse que tinha chegado no destino, congelaria o dedo apontado e abriria os olhos. Foi exatamente isso mesmo que fez...

Quando abriu os olhos  comtemplou o lugar para onde iria, não pode acreditar. Será mesmo que era esse o lugar? O que haveria lá que lhe poderia mudar a vida?

Hesitou um pouco. Mesmo em dúvida não podia fraquejar agora. Foi até a atendente comprar a passagem...

02 outubro 2011

Boy bands e Teen Idols

Quem é da minha geração vai com certeza lembrar de grandes hits dos anos 80/90 que estouraram no fenômeno adolescente que foram as boy bands. "Step by step", dos New Kids on The Block, "Tearing uo my heart", do NSync, "As long as you love me", dos Backstreet Boys e até "40 graus", da boy band brasileira Twister.

Esses grandes sucessor vieram com força total avassalar o mercado fonográfico mundial e trazer, juntamente com o amor ardente das enlouquecidas fàs, o nariz torto e a aversão dos famosos "haters". Mas, até quando o o marketing está acima do talento e, se realmente está, quanto talento será que sobre para os meninos da dança sincronizada e vozes afinadinhas?

 Para responder essa pergunta, devemos voltar um pouco no tempo. Primeiramente até, estudar o que significa a expressão "boy band",  indo muito mais além da tradução "banda de meninos". Há muito tempo atrás, nos EUA, surgiu o fenômeno Elvis Presley, que depois de algum tempo seria considerado o Rei do Rock. Um título que até hoje ainda é discutido como cabível ou não. Bom, Elvis era dotado de, além de talento, de uma beleza sem igual. De todo o publico consumidor de seus discos, as mulheres eram maioria. E não era à toa. O rebolado de Elvis servia para atrair as mulheres. Uns anos depois, na Inglaterra, surgia o fenômeno inglês Beatles. A banda que é considerada a melhor banda de Rock do mundo. Mas, se formos estudar a história dos meninos de Liverpool (e os fãs de verdade saberão que estou certa), veremos que o primeiro casamento de Lennon, no início da carreira dos meninos, teve de ser camuflado para que assim sua imagem de menino solteiro não prejudicasse a banda, já que a maioria do público era composto por mulheres. Alguns musicos e estudiosos e jornalista que trabalham no meio musical consideram os Beatles como a primeira forma de boy band do mundo. Até nisso os ingleses foram pioneiros, não?

Ainda na mesma década, tivemos os Jackson 5. Os irmãos do pequeno Michael dançavam sincronizados e alguns até tocavam instrumentos. Você pode pensar: "Ah, mas só o Michael e o Jermaine cantavam nesse grupo". Eu retruco com: "E só o Justin e o JC cantavam no NSync. Me desculpe, mas isso não diminui o prestígio de nenhuma das duas bandas". Durante toda a década de 70 os Jackson 5, e mais tarde os Jacksons, reinavam o cenário musical com um forte apelo para o público feminino. O marketing da gravadora se concentrava no sex appel dos meninos, principalmente no final da década, quando o Michael estava ficando mais velho (precisamente com 16 anos). 16 anos e com a voz extremamente fina que nunca engrossou, nem mesmo depois da adolescencia... Lembra alguém? Justin Bieber talvez... Pois é!

Aí nos anos 80 o público feminino foi brindado com o grupo "New Kids on the Block". Os meninos foram reunidos por um grande empresário do ramo musical. Isso mesmo... Reunidos!!!! Uma busca insensante para encontrar meninos que pudessem dançar, cantar e enlouquecer as meninas em época de puberdade. Logicamente que o empresário estava pensando no quesito "looks", mas não quis contratar qualquer modelo de cueca se o essencial, que era cantar, não pudesse ser feito. Os meninos foram encontrados e a banda foi formada e estava dado início ao maior fenômeno pop teen dos anos 80. E nos anos 90 (anos da minha época de Boy Band) vieram as duas maiores dos EUA: Backstreet Boys e NSync. Os BSB vieram com forte influência dos NKOTB e o NSync veio seguir os passos do BSB. TODAS essas bandas primeiramente tiveram o look dos boys em primeiro plano, para depois ser valorizado o talento vocal que estava lá, era latente, mas ficava em segundo plano, mascarado pela crescente campanha de marketing em volta da sexualidade dos meninos. Exemplos disso é os clipe da música "Quit playnig games with my heart", onde os BSB aparecem com camisetas molhadas e alguns até com as camisetas desabotoadas. No final da década de 98 surgiu a boy band Westlife, mais comportada em questões de sex appel, talvez por ser européia... será?

Agora, nessa nova época, estão surgindo outros astros teen que também tem uma grande campanha de marketing voltada para o visual... Mas será que não estamos sendo muito prepotentes em achar que Justin Bieber, Luan Santana, Jonas Brothers e toda essa trupe são totalmente desprovidos de talento somente porque os looks estão mais latentes do que o talento em si. Deve-se levar em conta que o publico consumidor, que são meninas jovens, geralmente não tem a maturidade suficiente para avaliar se tal artista tem ou não certa habilidade musical... Mas, como eu disse antes, não seria generalizar ou até mesmo pré-potente de nossa parte? Vale a discussão!

 Não estou aqui para puxar sardinha para nenhum dos artistas. Mas vejo constantemente meninas que se comportavam desse jeito nas décadas anteriores criticando os artistas novos e as fãs, sem notar que antigamente faziam a mesma coisa! Uma fã de BSB não é tão diferente de uma fã de Elvis ou Jackson 5 enlouquecida. É só ver os vídeos no youtube dos artistas dos anos 50 e comparar... É a mesma coisa!

Falar que o Justin Bieber é ridículo porque tem uma voz de criança em idade adolescente é ignorancia pura! Michael teve a voz fina por toda a vida e nunca foi tachado de ridículo e sim de grande cantor. Não dizendo que Bieber é um grande cantor, mas não negando totalmente o mérito de seu talento. Um rostinho bonitinho serve para para o marketing e para o artista ser notado com mais facilidade... Mas grandes artistas de hoje já foram tachados de somente um "rostinho bonito": Leonardo Dicaprio, Brad Pitt, Christopher Waltz, etc...

Quanto tempo até vir outro artista e rostinho bonito e seu talento ser totalmente negado por que é só "rostinho bonito"? Desse jeito, grandes artistas devem ser feios? Seu Jorge que o diga...