Olá, leitores! Eu sei, eu estava sumida e não postei nada no carnaval. Não, nem pense que eu estava no bloco da Preta Gil pulando e jogando confete na rua... Porque não sai de casa o carnaval inteiro e não se joga mais confete na rua durante o carnaval. Como disse a grande jornalista Rachel Sheherazade, isso “foi nos tempos de outrora”.
Vamos ao filme? Isso mesmo! Bruna Surfistinha. Quando foi lançado o filme “O auto da compadecida”, eu disse pra mim mesma: “Daqui a mais uns 10 anos o cinema brasileiro vai estar muito melhor e as produções bem mais trabalhadas e com narrativas mais bem elaboradas e humanizadas”. Batata! Dito e feito! Prova disso é “Bruna Surfistinha”.
A narrativa, linear, todos nós conhecemos: “Uma menina chamada Rachel, que aos 17 anos, saiu de casa (casa de boa família), para virar garota de programa e assim se libertar de todo aquele universo – casa, escola, pais – que a prendia. Mentindo, dizendo que tinha 18 anos, é aceita em um bordel (?!?!?!?) pela cafetina dona do lugar. Assim Bruna nos confessa e, no filme, escreve em seu diário sobre todos os clientes que já teve e as particularidades de cada um. É mais uma história de um ser humano querendo se encontrar, do que sobre prostituição. E diferentemente do que pensam muitos, não é a volta da pornochanchada.
Com certeza você, no programas de TV e afins, ouviu muito falar da atuação de “Déborah Secco”, que interpreta Bruna. Eu fiquei embasbacada com o que vi. É lógico que em novelas da Globo, nós não conseguimos ter uma real noção da capacidade interpretativa do ator, porque ou o personagem não tem nenhuma dramaticidade ou, se tem, não há tempo para gastar em explorá-la. Salvo alguns casos raros.
E dramaticidade do personagem foi o que recebemos muito bem pela atuação de Déborah. A cena que mais me chamou a atenção foi a do primeiro programa de Bruna. Déborah nos traz uma menina que quer seguir em frente, mas está tão insegura quanto no primeiro dia de aula. O misto de insegurança e nojo em sua face, assim como desejo de permanecer, rende-lhe aplausos. E ouso dizer: Aplausos de pé!
O cinema brasileiro está em alta. E com tantos filmes bons sendo lançados e curtas maravilhosos vindo à tona (exemplo disso é o curta “Eu não quero voltar sozinho”), é triste o fato de que o filme escolhido para nos representar no Oscar desse ano, na categoria “melhor filme estrangeiro”, tenha sido uma campanha política clicherizada. Tenho dito.
2 comentários:
Opa opa...há dias (quase semanas) quero terminar minha crítica sobre A Bruna Surfistinha...mas ainda não terminei. Digamos que trabalhar e fazer especialização ocupa muito tempo e muito da minha mente,rs. Mas okay, eu vi o filme e amei de tudo. Amei mesmo. Quando terminar a minha crítica, passa no paranóico e confere, tá? beijos em ti.
Charlie B.
To amando seu blog raísa! um beijo grande
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