Hoje não, amanhã, talvez... Ontem, nunca!

[orkut] Marcondes, Raisa Larissa
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''Escrever é o que me liberta e me faz imaginar
imaginar um mundo onde não tenha que me calar
Esperar por amanhãs melhores e noites mais quentes
Onde a lua não se esconde, onde a dor não se sente''

02 março 2011

Crítica - O Vencedor



O próximo Rocky Balboa?
 – Não faz nem cinco minutos desde que o filme acabou. Não pude esperar para escrever sobre o longa que me trouxe à memória grandes momentos na franquia Rocky, nos saudosos anos 80. Mas, desta vez, o sentimento de satisfação por ter visto um bom filme foi maior.
A história é baseada em fatos reais. Isso por si só já seria um prato cheio para a academia, que adora pessoas reais sendo dramatizadas nas telas de cinema. Como se não bastasse somente isso, rendeu indicações para uma atriz veterana, não muito conhecida até o ano de 2009, quando foi indicada pelo filme de orçamento modesto, “Rio Congelado”. 








Agora, no ano de 2011, indicada e vencedora do Oscar, por seu trabalho em “O Vencedor”. Merecido. Estamos falando de Melissa Leo, obviamente. A “camaleoa”, parafraseando o crítico de cinema Rubens Filho. No filme, Melissa retrata a mãe de um lutador de boxe numa fase da carreira um pouco difícil, pelo menos no início do filme. Esse mesmo boxeador é interpretado por Mark Walhberg, ator que “faz o dever de casa certinho”, mas não o suficiente, até agora, para ser aclamado como um ótimo ator. O adjetivo “bom” é suficiente. Agora, o ponto máximo do filme, é quando entra em cena o irmão de Mark Walhberg, que faz o papel de Micky Ward. Christian Bale interpreta Dicky Ward, 
irmão/treinador/guru do boxe de Micky Ward. Como se não fosse o suficiente, é viciado em crack. Mais um prato cheio para a academia de artes cinematográficas, que adora um drogado sendo dramatizado em todos os seus defeitos, mas conquistando a simpatia, pelo menos o mínimo dela, por parte do público. É isso que Bale faz de melhor no filme. Um anti-herói. Pelo menos para mim. Também não poderia me esquecer de mais uma carinha bonitinha que tem muito talento: Amy Adams. Quem não se lembra dela como a princesa Gisele em “Encantada”? Pois é, a Disney tem um chamariz para atrizes maravilhosas em início de carreira. Só pra citar algumas: Anne Hathaway, Amy Adams, Julie Andrews... Pois bem, Amy faz o papel da namorada de Micky, que tenta convencê-lo, em algum momento do filme, que ele precisa se separar profissionalmente da família, para crescer na carreira.
Agora, falando tecnicamente, o que faz o filme manter a atmosfera de boxe é o jogo de câmeras e a fotografia nos momentos de luta. Dá-nos a impressão de estarmos assistindo a uma luta de boxe real, na TV, só que nas telas de cinema. Recurso que poderia ter sido utilizado em Rocky, o que lhe renderia mais realidade. Porém, o filme não era inspirado em fatos reais, e foi escrito e dirigido (?) pelo cara com mais indicações ao Framboesa de Ouro... Qual é mesmo o nome dele? Bom, deixa pra lá...
Nos momentos finais do filme (SPOILER!!!!), quando Micky Ward está prestes a voltar com tudo e ser campeão mundial, o momento de tensão aumenta. O jogo de câmeras, mais uma vez, muito bem utilizado. Amy Adams e Melissa Leo, nesse momento do filme, apesar de aparecerem somente em poucos momentos, não são ofuscadas por Bale nem Walhberg. Oscar merecido novamente, para Melissa Leo. Aliás, só pelo nome, ela poderia ganhar um prêmio (OK, OK, viajei um pouco). O Vencedor é um filme ótimo para quem é fã de filmes sobre superação. Também para quem gosta de filmes de luta como eu. Não é de verter lágrimas intermináveis, como em Karate Kid, e dificilmente será lembrado como clássico. Mas o espírito de luta presente no filme, é merecedor de boas críticas. Uma frustração? Sim. Mark Walhberg. Com um personagem tão rico, ele poderia ter se esforçado mais. Do jeito que estava no filme, poderia por até Keanu Reeves, que não faria diferença. Mas o personagem pedia uma atuação mais à altura. Será que ainda verei Mark Walhberg seguindo os passos de Brad Pitt? Pode não ser um ótimo ator, mas pelo menos, um dia, uma indicação ao Oscar? 

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